Papel em branco.
Não, não, isto de forma alguma é um papel, é uma tela.
Tá bom, tela em branco. Escreva em mim.
Não posso.
Por que?
Preciso de um tempo, preciso pensar. Preciso esquecer toda essa verborragia sobre coisa nenhuma que vive em mim, e que eu tento desesperadamente e incontroladamente despejar aqui. No papel em branco.
Tela. Eu sou uma tela em branco.
Isso definitivamente não é branco.
Mas fui. Fui uma tela onde ninguém havia escrito nada, e então você veio, derramou a tinta e transformou a realidade.
Respeito: eu não sou louca de derramar tinta na tela. No papel. Tinta a gente derrama no papel. E que realidade se transforma apenas com palavras?
A minha. Eu era uma tela em branco, mudaram a minha realidade, fazendo com que eu transmitisse algum sentimento pra você, ou para vocês, que estão aí do outro lado da tela. Mas é engraçado...
... isso eu também percebi. O engraçado é que agora, enquanto escrevo na tela que um dia foi branca e hoje já não é mais, não tem ninguém do outro lado da tela. Algum dia houve?
Não tem ninguém que te possa responder agora. Apesar de eu ser uma ex-tela em branco que agora possui palavras que transmitem algo de bom ou de ruim para o leitor, eu não falo. Eu não converso.
Então isso quer dizer que eu sou esquizofrênica, e na verdade neste momento estou falando comigo mesma?
É.
Bizarre...
[mas eu não quero mais o papel em branco, nem a tela em branco, nem o vazio de palavras que ecoam apenas na minha mente. eu quero transformar com o papel não só a minha vida, mas a vida de alguém. o papel, o café, a bolacha.]
Não, não, isto de forma alguma é um papel, é uma tela.
Tá bom, tela em branco. Escreva em mim.
Não posso.
Por que?
Preciso de um tempo, preciso pensar. Preciso esquecer toda essa verborragia sobre coisa nenhuma que vive em mim, e que eu tento desesperadamente e incontroladamente despejar aqui. No papel em branco.
Tela. Eu sou uma tela em branco.
Isso definitivamente não é branco.
Mas fui. Fui uma tela onde ninguém havia escrito nada, e então você veio, derramou a tinta e transformou a realidade.
Respeito: eu não sou louca de derramar tinta na tela. No papel. Tinta a gente derrama no papel. E que realidade se transforma apenas com palavras?
A minha. Eu era uma tela em branco, mudaram a minha realidade, fazendo com que eu transmitisse algum sentimento pra você, ou para vocês, que estão aí do outro lado da tela. Mas é engraçado...
... isso eu também percebi. O engraçado é que agora, enquanto escrevo na tela que um dia foi branca e hoje já não é mais, não tem ninguém do outro lado da tela. Algum dia houve?
Não tem ninguém que te possa responder agora. Apesar de eu ser uma ex-tela em branco que agora possui palavras que transmitem algo de bom ou de ruim para o leitor, eu não falo. Eu não converso.
Então isso quer dizer que eu sou esquizofrênica, e na verdade neste momento estou falando comigo mesma?
É.
Bizarre...
[mas eu não quero mais o papel em branco, nem a tela em branco, nem o vazio de palavras que ecoam apenas na minha mente. eu quero transformar com o papel não só a minha vida, mas a vida de alguém. o papel, o café, a bolacha.]