quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Como perder a paciência em três passos rápidos!

[se tem uma coisa que eu ÓDÍO é blogue abandonado!]

Mês de outubro agora teve greve dos bancários. Bosta. De novo. Quinze dias em casa sem fazer absolutamente nada. Sim, vegetando. E eis que no penúltimo dia da greve, eu resolvi tirar minha bunda carcomida do sofá e tentar fazer algo de útil: ir ao museu.

Decidida a fazer alguma atividade cult que agregasse alguma coisa a esse cérebro despovoado de neurônios, e ainda por cima ganhar uma horinha de atividade complementar na faculdade, resolvi visitar a tão aclamada exposição Machado de Assis, no Museu da Língua Portuguesa, São Paulo, SP, Brasil, América do Sul, Planeta Terra, Sistema Solar, Via Láctea, Universo. Ufa!

Nome da exposição: Machado de Assis - Mas esse capítulo não é sério. Certeza que não é sério mesmo. Achando que somente eu no mundo inteiro iria ao museu em plena quarta feira de sol, à tarde, fui feliz, contente e saltitante até a estação Luz do metrô. Só fui me tocar da merda que foi a minha grande idéia quando cheguei a Museu: dia da semana é dia de visita escolar nessas paradas.

Dica do ano, não vá a exposição alguma no meio da semana, quando você corre grande risco de encontrar excursão escolar. Nessa que eu fui tinha, mais especificamente, quatro escolas diferentes. Eles gritam. Eles correm. Eles pegam em tudo. Inclusive em você. E eles gritam. E dão risada. E correm. Falei que eles correm? Como correm, senhor, pra que correr no museu? E não conseguem ficar parados. E gritam. E as menininhas paquerando os menininhos [eu acho, né... sei lá!]. E correm. Já falei que eles gritam muito?

Ah, sim. Alguns pareciam ter saído da aula de educação física DA SEMANA PASSADA direto para o museu. Eles, às vezes, também fedem.

Bom. Visto que eu POUCO me estressei, óbvio que não curti muito a exposição. Não consegui ver muita coisa, curti uns vídeos que ficavam passando lá, mas... nem nisso consegui prestar muita atenção. Mas vou abrir aqui um parênteses gigaaaaaaaaante: vale MUITO a pena conhecer o Museu da Língua Portuguesa, a exposição permamente e o terceiro andar.

No terceiro andar, passa um vídeo sobre a língua portuguesa [ah, gente, me perdoem, esqueci o nome do vídeo], e depois do vídeo você é banhado... é completamente tomado por poemas e frases e trechos de livros da literatura portuguesa e brasileira, com imagens e sons e sussurros e vozes, e aquilo te preenche de uma forma, que você nem vê o tempo passar. Lá você realmente, 'penetra surdamente no reino das palavras'...

Próximo post cult: minha visita ao Grande Museu da Grande Parede Branca Sem Nada de Interessante, mais conhecido como Museu da Imagem e do Som.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Eu não fui ao enterro da Eloá

[se você é uma pessoa deveras sentimental, ou mesmo da família da garota, e que possa se ofender por eu não ter parado a minha vida para acompanhar o fim trágico de uma vida tão curta, então por favor... nem continue a ler]

Acordo e uma das primeiras coisas que eu ouço nas notícias do rádio é que Eloá Cristina Pimentel, a garota que foi mantida refém do ex-namorado por X horas, foi enterrada nessa manhã em Santo André. E ouço, aí sim estupefata... DEZ MIL PESSOAS compareceram ao enterro da garota. Puxa, dez mil pessoas é muita gente mesmo.

Eu não fui ao enterro da Eloá. Mas por favor, não me julguem mal. Não foi por não me comover com a história do seqüestro. Sim, eu torcia para que a menina saísse bem dessa história ridícula criada pelo ex-namorado. Sim, eu fiquei chocada ao saber que uma menina tão jovem acabou morrendo por conta de uma mente doentia que não aceitou um "não te quero mais" como argumento. Sim, fiquei emocionada ao saber que a família doou os órgãos. Mas não, eu não quis prestar homenagem à garota.

Assim como eu não fui ao enterro da menina Isabella. Assim como não fui ao enterro do menino João Hélio. Assim como não compareci ao enterro das crianças assassinadas na frente da Igreja da Candelária, no RJ. Assim como não compareci ao enterro dos 111 presos assassinados no Carandiru. Assim como não compareci ao enterro de nenhum dos milhares que morrem diariamente de fome, de sede, de frio ou de calor, em qualquer parte do mundo.

Também não fui no enterro dos que morrem de AIDS na África, por não terem condições de se tratarem. Não fui no enterro de nenhuma dessas pessoas que morrem heróicamente [ou não], defendendo uma causa humanitária, defendendo as florestas, defendendo os animais, defendendo o seu país, defendendo o seu lar, defendendo o seu futuro. E olha que por todos eles eu também me emociono. Eu também me revolto. Mas não... eu não fui ao enterro de nenhum deles.

O caso é que eu sei que não vai adiantar eu prestar a minha homenagem a nenhuma dessas pessoas. Porque hoje ainda vai se falar muito desse e de outros casos, mas amanhã vai surgir um outro. E outro, e outro. E outro. E nós continuaremos passivamente a assistir as pessoas passarem, a assistir o mundo, a vida passar, e não fazer nada de diferente.

Nos apressamos tanto em julgar e condenar aqueles que tentaram negociar a rendição do ex-namorado. Por que não julgar aqueles que investem BILHÕES de dólares para tentar salvar suas economias, mas não podem investir um único centavo para tentar tirar o mundo da miséria que só cresce? Por que não julgar os nossos políticos que roubam, que estupram dia a dia os cofres públicos, que manipulam, mas não movem uma única palha pela melhoria da vida do cidadão comum? Por que DEZ MIL PESSOAS se comoveram com a história da Eloá, mas nem dez pessoas se comovem com a história de quem num tem um teto, de quem num tem um pão, de quem num tem emprego, de quem num tem a quem recorrer?

Claro que eu falo da boca pra fora. Claro que eu faço parte desses tantos que acompanham a novela da vida diária criada pela televisão. Claro que eu não tiro minha bunda do sofá para fazer a revolução. Porque é muito mais fácil falar dos outros. Mas não... eu não fui ao enterro da Eloá.

[a minha tv tá louca, me mandou calar a boca e não tirar a bunda do sofá.]

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Sadojornalismo em ação

É, quem num sabe? Sou uma futura jornalista, oras se não!

[se a Caixa deixar e me pagar um salário decente, CLARO!]

E como toda boa jornalista, tenho um blogue jornalístico [ou que estamos tentando fazer com que ao menos pareça, MUÁÁÁ!]

Aí se vocês quiserem ter algumas informações, ou ao menos a opinião de futuros jornalistas passa-fome, ainda que na visão de estudantes, acessem:

http://sadojornalismo.blogspot.com/

O prazer é todo seu.

[sim, propaganda gratuita, porém não obrigatória. você ainda tem a opção de clicar no X no canto superior direito. mas você pode ser legal e só clicar no link aí em cima e comentar. no mais a mais... vai ser divertido!]

domingo, 19 de outubro de 2008

Vontade de nada

Tem coisa mais horrorosa do que acordar no domingo chuvoso com aquela sensação de "hoje não quero fazer nada"? Claro que tem coisa mais horrorosa, e eu poderia listar uma infinidade aqui.

O que chateia realmente é a sensação, a vontade de fazer nada, aliada a uma vontade de fazer alguma coisa. Paradoxal e esquizofrênico, concordo plenamente, mas a minha mente funciona dessa maneira, contraditória. Em compensação, por mais que eu queira fazer alguma coisa, não tem como, porque simplesmente não tem o que eu fazer!

Aí eu resolvo escrever sobre a vontade de fazer nada, e alguma coisa ao mesmo tempo. Pra ver se essa doideira passa. E não é que sai um post que não fala nada e coisa nenhuma ao mesmo tempo? Blé!

[a letra "A" do teclado do meu notebook está ficando apagada. Resolvi então contar quantas vezes eu digitei a letra "A" só nesse post, pra saber se eu realmente utilizo essa tecla tantas vezes assim que justifique o seu apagar. O resultado? 122! Incrível!!]

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Saudosismo

Eu sei que é pouco tempo. Eu sei que a gente já ficou bem mais tempo distante.

E eu sei que não faz nem uma semana.

Mas que bosta: eu estou com saudades de você!

Quer jogar poker quando você voltar???

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

O meeeeeu amigo secreto...

Genteeeeeeeee, fim de ano tá chegando! E é legal brincar de amigo secreto, né? Não? Por que você não tem dinheiro? E desde quando isso é problema para nós, blogueiros??

Se você não tem dinheiro para brincar de amigo secreto, mas acha o trem divertido e gostaria de tentar uma forma diferente de presentear alguém, então essa é sua chance. O BlogThis tá lançando um meme histórico do qual certeza você, que gosta de fazer amigos e influenciar pessoas, vai querer participar.

A idéia é simples, mas super original: um amigo secreto entre blogueiros onde, o que vale, não são presentes, mas sim posts-presentes. Quer saber mais? Então vá agora mesmo conhecer essa brincadeira e participar, claro!

Eu já tô dentro. E mesmo esse blog não sendo um super mega blaster master blog famosinho, acho que posso influenciar meus amigos blogueiros a participarem. Por que se eles não participarem... ai, ai, ai!