domingo, 28 de novembro de 2010

mas nada te faz deixar de querer [quem sabe?] um outro dia feliz...

Então, domingo.

Faz bem uns três ou quatro finais de semana que os trabalhos da faculdade, a vida, o universo e tudo mais não me deixa lembrar do quanto eu sou medíocre aos domingos.

Mas aí, né: sol. Um puta sol lá fora. Meu cabelo está lindo. Eu estou aqui. Morrendo de saudades de algo que... whatever.

Algo que nunca será.

Então passar bem. Bom domingo pra vocês.




sim, eu falo sempre sobre as mesmas coisas. a mesma apatia, a mesma infelicidade, as mesmas decepções, os mesmos desamores, as mesmas falhas, as mesmas chatices. deve ser porque eu nunca deixo de ser a mesma idiota de sempre. nem tento mais não ser.

domingo, 21 de novembro de 2010

eu podia estar dormindo

Olha eu, apresentando alguns sintomas da paixão, and guess what, não correspondida, as usual.

DAÍ NÉ.

Que eu falei sobre todos os relacionamentos e pseudo-relacionamentos que eu já tive nessa vida pra tia terapeuta. Falei do primeiro amor, falei do fim, falei dos que vieram depois, falei do tempo máximo que eu aguento um cara [geralmente não passa do quinto encontro], falei das paixões platônicas que eu já alimentei na vida e da que eu estava alimentando nos últimos tempos, e daí eu falei que eu cansei de alimentar as paixões platônicas de novo, mas que provavelmente daqui uns dois ou três meses volta tudo de novo.

Falei que eu estou num hiato sexual de oito meses... acho que é mais, mas vamos contar nisso daí.

Aí que ela disse algumas coisas lá, mas uma coisa que ela disse e que, sei lá, eu ainda não tinha reparado, ou não queria assumir.

Eu sempre escolho o "impossível". Sempre. Sempre tem uma dificuldade: distância, comprometido, ama outra, areia demais pro meu caminhão, trabalha junto. SEMPRE. Eu nunca, sei lá, gostei do cara NORMAL. Sempre gostei do cara impossível.

O último cara por quem eu me "apaixonei" foi meio intenso. Fiquei mais ou menos um ano na dele, doida mesmo, sabe? Felicidade plena foi o que eu senti quando finalmente fiquei com ele. E a gente ficou algumas vezes, mesmo eu sabendo que ele era dessa listinha dos impossíveis. Daí eu meti uma coisa na minha cabeça e não sosseguei até conseguir. E quando eu finalmente consegui... eu enjoei.

Que é o que geralmente acontece. Quando eu descobri uma forma de não ser mais assim, eu venho aqui e conto pra vocês, tá?



Eu até sei, mas tem prazo de validade. Cinco encontros.

sábado, 13 de novembro de 2010

Dá pra mim o teu amor

Tava aqui lendo o blog da Patrícia e uma coisa que ela falou que é muito verdade. Mas que em pensamento eu faço a todo momento.

Porque exigir ternura e compreensão é o mais baixo na escala da dignidade humana.

Não acredito que eu seja a única entre sete bilhões de pessoas no mundo. E por favor, não é normal a pessoa que não quer se sentir querida e amada ao menos uma vez na vida. Um dia, nessa vida ridícula, queremos sentir um pouco de carinho de alguém. Queremos nos sentir compreendidos. Blogueiro, aliás, o que mais quer é se sentir compreendido, senão num tinha blog.

Mas... dá pra você chegar e gritar na cara da pessoa VOCÊ TEM QUE ME AMAR, E TEM QUE ME AMAR AGORA! e não parecer uma pessoa completamente e absurdamente miserável? Dá pra você tergiversar [oi, Dilma] sobre tudo na vida e gritar COMPREENSÃO, MEU DEUS, ALGUÉM ME ENTENDA, POR FAVOR e não parecer uma pessoa louca?

Eu conheço gente assim. Vou te falar, conheço mesmo. Gente que precisa de atenção. Precisa de compreensão. Precisa de aprovação, de preferência em escala mundial, de tudo o que faz, pensa, diz. Não é porque essa gente sofre, essa gente é discriminada, essa gente é, sei lá... não sei. Mas essa gente precisa disso tudo pra suprir uma carência interna: a falta de amor próprio.

Eu convivi durante muito tempo com isso dentro de mim. Faltava amor próprio. Que eu disfarçava com comida, com álcool, com amizades falsas. E com essa necessidade de me sentir querida pelos outros, já que eu não me sentia querida por mim mesma.

Daí que ainda não cheguei ao ponto do "cago pro sentimento alheio, eu me amo e é isso que importa". Ninguém jamais chegará a esse ponto, porque como a terapeuta repete pra mim sempre é que ninguém pode ser feliz sozinho. Forever alone, sabe? Mas eu cheguei ao ponto de conseguir recusar falso carinho, falsas amizades, recusar comida e álcool para suprir uma carência que ainda existe, mas que eu preciso resolver internamente primeiro.

E no mais, algo que eu já consigo fazer é não mais exigir o sentimento alheio. Você não me ama? Tá. Você não gosta de mim? Tá. Você não consegue entender porque eu ajo do jeito que eu ajo? Tá. Você não sabe porque eu desperdiço minha capacidade intelectual em assuntos completamente desprezíveis? Tá.

Tá bom.

Volta outro dia, se quiser voltar, mas não me enche o saco. Porque eu já encho o meu saco o suficiente sozinha. Não preciso de ajuda pra isso.