Mesa de bar é bom para discutir determinados assuntos que talvez não tenhamos coragem de discutir em plena sobriedade. Apesar de que algumas poucas garrafas de cerveja não tem como deixar ninguém alterado. Mas já libera algumas revelações:
- Queria dar mais esse ano. Pra qualquer um que quiser comer. Sem pudor.
Os amigos olham em volta, alguns arregalam os olhos, vamos ver se alguém na mesa do lado ouviu essa insanidade. Como assim, Bial, tá maluca, e as questões humanitárias, mudar o mundo, trabalhos voluntários, doar metade do salário para fundos de defesa civil, e aí? Esse é o seu único objetivo este ano, dar mais?
- Dar é uma questão humanitária, oras! Você dá o que você tem de melhor, o que eu tenho de melhor no momento é a periquita, e é ela que eu quero dar ao mundo.
Menina pervertida, ou melhor, ela era a mais santa da turma! Como pode estar falando em dar, periquita, sendo que ninguém nunca nem ouviu falar da danada estar interessada em algum homem? Pobre mocinha [pobre?], os amigos já haviam até cogitado o lesbianismo, hum, acho que essa aí é interessada em colar velcro, qualéquié, nunca deu em cima de nenhum de nós. E agora ali, coração e pernas abertas, se oferecendo abertamente, se doando, doando o que de melhor havia nela: o sexo misterioso.
- Então você não é virgem mais? Conta aqui pros seus amigos.
As outras meninas da mesa, cada vez mais desconfortáveis. Antes, com suas tiradas, com seus poucos [mas ainda existentes] pudores, elas chamavam mais a atenção. Mas a virgenzinha, a talvez lésbica, agora se revela e certeza os caras já estão até de pau duro, imaginando como deve ser comer aquela belezinha. Nããão, não podemos deixar isso acontecer, essa menina certeza é virgem, vai que ela só leu em algum conto do Bukowski e achou que pode enganar a gente com essa safadeza falsa. Num vai mesmo.
- Eu não quero falar sobre sexo, eu quero fazer sexo, é diferente.
Mas o que ninguém sabia é que ela ainda era virgem, sim. Nos seus quase trinta anos, sempre evitou entrar nos assuntos de safadeza e libertinagem com os amigos, afinal, não entendia muita coisa disso. Nunca havia ido além de uns chupãozinhos nos seios com seus pouquíssimos namorados. Também nunca apresentara nenhum deles pra turma, com medo do que ele pudesse falar, ou pior, com pavor que ele se interessasse por uma dessas vadiazinhas falsas que se oferecem pra qualquer um com um pinto no meio das pernas. Ela, não. Pura, mas apenas no corpo. A mente, essa imaginava as coisas mais pervertidas, os locais menos prováveis, os caras menos desejados, mas os mais disponíveis. E então resolveu, esse ano vai, esse ano eu vou, dar muito, dar demais, dar até o fim, como se não houvesse amanhã.
- Se vocês quiserem, posso liberar. Só pedir.
Nenhum se manifestou, não ali, mas já planejavam ligar pra ela assim que saíssem de lá. Não é todo dia que uma menina se oferece assim, tão sem pudores, tão livremente, tão eroticamente. A conversa mudou imediatamente, para evitar maiores demonstrações públicas de 'tô afim sim, vambora':
- Viu, vai estrear "Se eu fosse você 2", no cinema, quem tá afim de ir?
Mudo de assunto, gosto de azul.
[mudando um pouco o estilo de escrita. Na verdade, não muito. Só querendo saber mesmo como vocês reagem a uma mudança brusca de estilo, hahahahahahaha! E, como sempre diria o House, I'm ready to be judged]
- Queria dar mais esse ano. Pra qualquer um que quiser comer. Sem pudor.
Os amigos olham em volta, alguns arregalam os olhos, vamos ver se alguém na mesa do lado ouviu essa insanidade. Como assim, Bial, tá maluca, e as questões humanitárias, mudar o mundo, trabalhos voluntários, doar metade do salário para fundos de defesa civil, e aí? Esse é o seu único objetivo este ano, dar mais?
- Dar é uma questão humanitária, oras! Você dá o que você tem de melhor, o que eu tenho de melhor no momento é a periquita, e é ela que eu quero dar ao mundo.
Menina pervertida, ou melhor, ela era a mais santa da turma! Como pode estar falando em dar, periquita, sendo que ninguém nunca nem ouviu falar da danada estar interessada em algum homem? Pobre mocinha [pobre?], os amigos já haviam até cogitado o lesbianismo, hum, acho que essa aí é interessada em colar velcro, qualéquié, nunca deu em cima de nenhum de nós. E agora ali, coração e pernas abertas, se oferecendo abertamente, se doando, doando o que de melhor havia nela: o sexo misterioso.
- Então você não é virgem mais? Conta aqui pros seus amigos.
As outras meninas da mesa, cada vez mais desconfortáveis. Antes, com suas tiradas, com seus poucos [mas ainda existentes] pudores, elas chamavam mais a atenção. Mas a virgenzinha, a talvez lésbica, agora se revela e certeza os caras já estão até de pau duro, imaginando como deve ser comer aquela belezinha. Nããão, não podemos deixar isso acontecer, essa menina certeza é virgem, vai que ela só leu em algum conto do Bukowski e achou que pode enganar a gente com essa safadeza falsa. Num vai mesmo.
- Eu não quero falar sobre sexo, eu quero fazer sexo, é diferente.
Mas o que ninguém sabia é que ela ainda era virgem, sim. Nos seus quase trinta anos, sempre evitou entrar nos assuntos de safadeza e libertinagem com os amigos, afinal, não entendia muita coisa disso. Nunca havia ido além de uns chupãozinhos nos seios com seus pouquíssimos namorados. Também nunca apresentara nenhum deles pra turma, com medo do que ele pudesse falar, ou pior, com pavor que ele se interessasse por uma dessas vadiazinhas falsas que se oferecem pra qualquer um com um pinto no meio das pernas. Ela, não. Pura, mas apenas no corpo. A mente, essa imaginava as coisas mais pervertidas, os locais menos prováveis, os caras menos desejados, mas os mais disponíveis. E então resolveu, esse ano vai, esse ano eu vou, dar muito, dar demais, dar até o fim, como se não houvesse amanhã.
- Se vocês quiserem, posso liberar. Só pedir.
Nenhum se manifestou, não ali, mas já planejavam ligar pra ela assim que saíssem de lá. Não é todo dia que uma menina se oferece assim, tão sem pudores, tão livremente, tão eroticamente. A conversa mudou imediatamente, para evitar maiores demonstrações públicas de 'tô afim sim, vambora':
- Viu, vai estrear "Se eu fosse você 2", no cinema, quem tá afim de ir?
Mudo de assunto, gosto de azul.
[mudando um pouco o estilo de escrita. Na verdade, não muito. Só querendo saber mesmo como vocês reagem a uma mudança brusca de estilo, hahahahahahaha! E, como sempre diria o House, I'm ready to be judged]
8 comentários:
1º - Pensando aqui no seu texto, não vejo nada incomum na ideia da moça. Ela só quer dar pô! Homem tem a rodo em qualquer esquina perdida, uma hora ela esbarra em um!
Enquanto todo mundo pensa em salvar o mundo, sentadinhos confortavelmente em suas poltronas de veludo com taças de espumante vagabundo, sem mover um dedo, ela escolhe alguma coisa que representa ao menos uma mudança para ela!
2º - Me lembrei de um livro muito bacana que li ja faz um bom tempo, chamado "Fogo nas Entranhas" do Almodóvar. Procure a sinópse, você vai curtir!
3º - Conhece aquele ditado, "não julgue para não ser julgado"? hehehe! Mas o texto está otimo!
4º- Sim, tenho problemas de insonia, muita cafeina no sangue (ou muito sangue na cafeina!) e pra melhorar as coisas trabalho de noite numa cafeteria, o que me faz chegar em casa lá pelas uma e meia da madruga. Tô bem arrumado! hahaha!
Agora é minha vez de parar antes de escrever um post nos seus comentários!
Se eu tivesse na mesa, só diria: "é pra já", hauhauhaua. Claro, dependendo do grau de belezura da mocinha.
Ana te juro-te pima, que eu teria um diálogo não muito diferente. Cara esse ano eu quero fazer mais sexo, muito mais sexo, de preferência ser menos besta tb.
Mais sexo e dinheiro...
sonha.
Beijundas ^^
Flor, que mudança radical! Achei o máximo o post! hahhahahahahahaha
Eu acho lindo! Acho magnífico que as pessoas tomem consciência de que nada nessa vida é absoluto. Que as pessoas continuem mudando! De cabelo, de visual, de emprego, de namorado, de opinião, de religião, de partido, de sexo. Rs.
Mas falando sério, toda mudança (ainda que drástica) quando bem pensada é válida, é saudável.
Curti a mudança....realmente começando o 2000Inove com tudo hein colega !
Piero: não é a minha veia literária, falar muito de sexo nos meus posts, foi um teste, apenas, no qual, na minha auto-crítica literária, eu não passei... paciência! Cafeteria? Qual? Aqui em Sampa? Eu costumava adorar café, na verdade AINDA ADORO, só ando evitando por causa da saúde...
Andarilho: digamos que, na minha imaginação, ela não era nem feia nem bonita: era normal. Comível, eu diria. Muitos diriam, aliás!
Cristal: apesar do texto não ter sido auto-inspirado, é algo que eu quero pra 2009 tb. Cansa [aliás, não cansa, esse é o problema] trepar com alguém apenas a cada solstício. Tipo... sexo é bom e faz bem!!!
Juju: não vai ser uma MUDANÇA, digamos que tenha apenas mudado um pouco o assunto. hehehehehehehehehehe!!!
Pam: a idéia era só... um teste, perceba! Mas eu não vou mudar meu estilo literário, não sou mto boa com contos... histórinhas, sei lá como se diz. Faltei nessa aula de português, HUHUAHUAHUAHUAHUAHUA!!!
Márci: amigaaaaaaa cê num viu nada... digamos que resolvi seguir à risca o seu conselho e da Van no sábado... pensa... vai lembrando... ahuahuahuahuahuahuahuahua!
Beijos nos seus respectivos lóbulos!
Sei lá, Aninha... achei que seu conto foi muito bom sim. Sua auto-crítica tá meio exagerada. O conto tá engraçado e surpreendente.
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