quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Das muitas coisas

Tantas coisas a comentar, não sei se conseguirei falar de tudo um pouco.

Dando uma passeada pelos 3840470863 textos não lidos no meu Google Reader, eis que me deparo com algumas pérolas. É sobre essas pérolas que gostaria de falar um pouco com vocês hoje.

A primeira pérola veio do blog do Luiz Carlos Azenha, pérola intitulada de "A Solidariedade Burra". Não vou colocar o texto aqui, cliquem no link e leiam para entender o meu comentário. Acho que, de uma certa forma, o Azenha tem sua razão. Ele não está completamente errado na opinião dele, mas ele está errado, creio eu, no momento em que ele escolheu para falar o que ele falou. E talvez a forma como ele falou. Eu não discordo, acredito que as pessoas pudessem ajudar de uma forma diferente.

Mas, a menos que estejamos prontos a receber julgamentos mal formulados [e eu acredito que o Azenha esteja pronto para isso], não dá pra sair falando tudo o que pensamos de todas as situações que o país vive. Principalmente quando uma grande parte da população está vivendo aquele surto de corpo e alma. É o momento agora, é o momento das pessoas serem solidárias da forma como elas vêm aprendendo com o governo o que é ser solidário. De qualquer forma, eu não discordo totalmente da opinião do Azenha. Só acho que ele poderia ter escolhido um momento melhor. Mas como não sabemos quando será o melhor momento, se é que haverá um melhor momento, talvez fosse o caso de pensarmos sobre o assunto solidariedade.

O outro texto que eu gostaria de comentar vem de um blog de outro jornalista [é, gente, ando lendo muito, existe uma razão, dããã], o Leonardo Sakamoto, um post intitulado "Quanto o mundo gasta com comida?" [mesma coisa, leia para entender o comentário].

É incrível como as disparidades sociais parecem gritantes de um país ou de um continente para outro. Mas foi como o próprio Sakamoto disse, se fossem feitas as mesma fotografias no Brasil, teríamos as mesmas disparidades, se não piores, com o agravante de que estamos sob mesmo território, mesmo governo, portanto, utopicamente, sob as mesmas condições de conquistas. A verdade é que não estamos sob as mesmas condições. Essa história de todos iguais, todos iguais não funcionou nem na Revolução dos Bichos [uns sempre mais iguais que os outros]. Isso é apenas uma forma de analisar as diferenças sociais do planeta, o quanto as pessoas ricas e as pessoas pobres comem. Existem outras diferenças gritantes, mas as imagens nos ajudam a visualizar essa diferença.

Vejam as fotos. E pensem.

Por último, meu comentário mais pessoal: tem blogueiro aí dizendo que tá se despedindo da blogosfera [eu acredito que não para sempre]. É uma pena, perderemos posts de qualidade, os comentários diários do Max Gehringer e, para os moçoilos, fotos de mulheres peladas [ou semi-peladas] todos os sábados [e domingos também, e todos os dias que ele tinha vontade].

Sentiremos sua falta, Andarilho, e vê se volte logo a postar. Ainda acredito que isso seja desânimo de fim de ano.

No ademais, post muito grande para um blog que tinha por intenção ser um papo rápido na cozinha. Mas é que quando eu me ponho a pensar, eu não consigo parar.

[acho que os governos democráticos que regem o mundo deveriam aproveitar esse momento de crise econômica e parar. parar e pensar no que estamos fazendo com este mundo, que uns têm tanto e outros têm tão pouco ou nada. deveriam parar e pensar se esse sistema é realmente tão certo, que faz com que, para que alguns possam viver luxuosamente, outros tenham que passar fome. acho que os governos democráticos que regem o mundo deveriam passar a escutar mais o povo sofrido do mundo, e pensar uma forma de parar de ajudar os bancos e começar a ajudar as pessoas. porque este mundo é feito de pessoas. algumas tão sonhadoras quanto eu, pois, apesar de desacreditar da humanidade, eu ainda acredito que possamos ser melhores. eu acredito.]

4 comentários:

Andarilho disse...

Eu acho que não volto mais não...

jujudeblu disse...

Bem, sobre SC, eu acho que nosso país não estava preparado pra toda essa movimentação humana. E movimentação humana, de GENTE, não pressupõe ECONOMIA, mas sim eu acho que o ato em si conta e MUITO, pois muda posturas e jeitos das pessoas olharem umas pras outras. Além disso, acho que dinheiro não fabrica água e eu sou a favor de gastar mais mas ter ÁGUA do que ter uma conta recheada de dinheiro sem água pra beber.
Isso é papo de gente que só pensa no capetal e esquece que somos seres humanos!
Fora isso, acho que dá sim pra pensar numa forma de otimizar as doações, penso que daqui pra frente nosso país precisa de políticas específicas pra agir nessas situações e, quiçá, em outras que poderíamos intervir mas ficamos de braços cruzados!

Fora isso, eu já tinha recebido e-mail com esse negócio das comidas dos países... Resumindo meu pensamento, acho que não temos toda essa democracia que se "diz" ter... Sei lá!

Enfim, é isso!

Beijos flor!!!

Claudia Lyra disse...

Sempre tem alguém pra criticar as iniciativas solidárias bem no meio da crise, não é? Ai, ai...

Ana P. disse...

Andarilho: que pena. Tu faz falta na blogosfera, e não é puxa-saquismo.

Juju: nosso país está preparado para alguma coisa?

Clau: sempre vai ter alguém para criticar QUALQUER coisa!