sábado, 4 de abril de 2009

Carinhosismo*

Como vocês talvez tenham percebido no post anterior... eu estou numa fase romanticuzinha. Tudo quanto é coisa "fofa" que eu vejo na tevê, nas revistas ou em livros me fazem chorar. Cachorrinhos brincando pela rua me deixam emocionada. Eu chorei com Big Brother esses dias [quando a Francine teve que mandar dois dos seus amigos para o quarto branco, e mais parecia que eles estavam indo para a forca]. Eu chorei no metrô quando eu tava voltando pra casa no sábado, saindo do bar. Só porque eu comecei a ouvir "Amor Errado", da Fernanda Porto.



[eu pensei que pudesse esquecer um amor errado / indo embora de casa, cortando o cabelo, escrevendo cartas / eu sonhei que o tempo bastaria / que nunca mais quando fosse noite / viria o rosto, o volume dos ombros / o cheiro de pescoço encostado...]

Enfim, estou numa fase de amor. Essa fase para mim sempre foi perigosa, porque qualquer, eu disse QUALQUER menor atenção que um homem me der, corre o risco de ser interpretada erroneamente. E aí eu fico esperando uma atitude a mais, e ela nunca vem. Fico esperando o telefonema que nunca vem, a mensagem que nunca vem, o abraço que nunca vem, o sorriso que nunca vem. Me pego mais forte nos meus amigos nesses dias, para tentar escapar da dor que dormir e acordar sem um carinho me causa.

Abraço o travesseiro, esperando que aquilo supra um pouco que seja da solidão que me aperta. Tento desesperadamente me pegar no profissional, trabalhar sem nenhum tipo de interrupção, e quando estou em casa, ler revistas, jornais, sites, tudo para me inspirar para outra coisa que num seja o romance.

Perceba, não sou uma pessoa entediante nesses dias. Mal dá pra perceber que eu tô diferente no convívio, só mesmo quando eu escrevo, ou nas músicas que eu ouço [trilha sonora do dia: Seu Jorge. Não consigo parar de ouvir!]. Mas aqui dentro, eu sei o quanto eu tô diferente. Às vezes demora pra passar, e aí eu sofro um tiquinho mais. Às vezes é coisa de momento, minutos até, em que eu fico toda docinha e romanticuzinha, mas passa.

Sempre passa. Porque eu particularmente não vejo vantagem nenhuma em você ser toda docinha, romântica e amorosa, se você não tem com quem compartilhar isso tudo. Ou se você nem quer ter com quem compartilhar.

Por isso, aquela parte do "me pego nos amigos" é tão importante pra mim.

É tudo questão de carinhosismo mesmo.

*eu sei que a palavra existe. Por mais romanticuzinha que eu esteja, idiota eu ainda não tô!

6 comentários:

Andarilho disse...

Ah, que é isso, qdo vc está apaixonada, eu perdôo vc ficar idiota. É de praxe: paixão => idiotice.

claudia lyra disse...

Ah, Aninha... eu ia dizer que você tá muito viada... mas eu bem sei o que você está falando... de uns tempos pra cá, quando estou assim, sento num cantinho e espero essa onda passar.

Pamela Lima disse...

Essa do travesseiro, dos amigos, de ficar sensível a TUDO, e de chorar de ver até ao comercial que passa na tv do metro, é tudo manjado por mim.

é nóis na fossa ♥

jujudeblu disse...

Flor,

FAz tempo que não passo por isso. Quer dizer, fazia... hoje é um dia desses. Mas diferente de vc, não tenho essa habilidade para suprir com outras coisas e pessoas. Quando eu crescer quero ser como vc!

Bjus, flor!

Thiago Apenas disse...

"não vejo vantagem nenhuma em você ser toda docinha, romântica e amorosa, se você não tem com quem compartilhar isso tudo."

Se vc já sabe o que quer, basta encontrar(ou ser encontrada).Um dia alguém vai de chamar de boba e você vai achar o máximo.

Márci disse...

Aaahh....Absolutamente normal termos fases assim...A bobeira do amor, da paixão, do coração...as vezes pega. E isso não é de tudo ruim.